Endereço: Av. D. João VI, 275 – Brotas, Salvador, Bahia.
domingo, 19 de setembro de 2010
Processo seletivo
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Quintas científicas
Instituídas pela gestão de 2008, as Quintas Científicas ocorrem quinzenalmente com abordagem interdisciplinar e repercussões muito positivas. São encontros voltados principalmente para a discussão dos variados aspectos básicos, epidemiológicos e clínicos referentes à dor. Nestes, têm participado especialistas e acadêmicos com interesse pelo tema.
As Quintas Científicas também é uma oportunidade dos estudantes desenvolverem a prática de lecionar, enriquecerem seus trabalhos através das discussões dos mesmos e aprimorarem os seus conhecimentos.
Acompanhe a divulgação dos temas pelo twitter, Orkut, Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e por este blog.
Sobre dor
O QUE É DOR?
O comitê de taxonomia da IASP (International Association for Study of Pain), na sua ultima reunião em 1986, definiu dor como sendo “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual real, potencial ou descrito em tais termos”.
No entanto, ao longo da história humana, a dor sempre foi considerada como uma resposta sensorial inevitável à lesão tecidual. Outras dimensões da experiência dolorosa como as ligadas ao cognitivo, ao afetivo, ao emocional ou até mesmo ao comportamento, sempre foram deixadas de lado, dando-se ênfase ao caráter sensorial-discriminativo da dor.
Nos últimos anos tem sido feitos grandes avanços na compreensão dos mecanismos dolorosos e nos seus tratamentos. Teorias que tentam desvendar os mistérios que permeiam a dor crônica surgem a todo o momento, na busca de aperfeiçoar os métodos e técnicas utilizadas para tratar pessoas que se queixam de dor.
Atualmente, os mecanismos moleculares e celulares envolvidos nas variadas formas de apresentação da dor, bem como as influências de suas dimensões, vêm sendo alvo de intensas pesquisas. A compreensão destes eventos tem permitido o desenvolvimento de estratégias para o melhor diagnóstico e tratamento dos eventos dolorosos, embora não exista nada estabelecido no que concerne a melhor conduta.
EPIDEMIOLOGIA
Em um estudo de Manoel Jacobsen Teixeira, realizado no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, mostra-se que aproximadamente 13,6 milhões de brasileiros seriam portadores de quadros dolorosos persistentes e intensos, dos quais 50% a 60% seriam de dores crônicas. Nesse estudo as dores mais frequentes foram neuropatias diversas e neuralgia pós-herpética. Ainda no Brasil, em um estudo desenvolvido por Kátia Sá e colaboradores, foi mostrado que a prevalência de dor crônica na população de Salvador é de 41%.
No Brasil e em alguns outros países, 10% a 50% da população procuram clínicas gerais por causa da dor. A dor está presente em mais de 70% dos pacientes que buscam os consultórios brasileiros por motivos diversos, sendo a razão de consultas médicas em um terço dos casos.
Dados da literatura mundial mostram a neuralgia do trigêmio com uma prevalência de 2,5% para homens e 5% para mulheres para cada 100 mil habitantes.
DIMENSÕES DA DOR
“A dor é uma experiência...”. Partindo dessa afirmação não é negligência afirmar que sentir dor é algo altamente subjetivo, complexo e depende de uma gama de variáveis multidimensionais. Dentre elas, a nível didático, tem-se a dimensão sensorial-discriminativa, a afetivo-motivacional e a cognitivo-comportamental.
Essa divisão se baseia não somente em dados empíricos, mas também em estudos anatômicos e comportamentais, que mostram que não só o tamanho e a gravidade da lesão têm relações diretas com a dor, mas também o modo como essas pessoas se portam diante dessa dor, a cultura em que elas estão inseridas, suas religiões e crenças e como ela reage à dor.
Diante disso vale a pena citar McCaffrey quando ele diz que “dor é o que o paciente diz ser e existe quando ele diz existir”.
CLASSIFICAÇÃO TEMPORAL DA DOR
Do ponto de vista temporal a Dor pode ser classificada de algumas formas. A IASP classifica como aguda e crônica, onde processos dolorosos que duram mais de três meses são considerados crônicos, abaixo disso são considerados agudos.
CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLÓGICA DA DOR
Sob a óptica da fisiopatologia, a dor pode ser classificada como nociceptiva, neuropática e psicogênica.
TRATAMENTO
Em 1973 foi criada a Associação Internacional para o Estudo da Dor, que estabeleceu um modelo de tratamento interdisciplinar, baseado em suas diretrizes e tido como ideal para tratamento da dor crônica. Apesar de estabelecido como o mais indicado, este tratamento tem difícil aplicabilidade vista a configuração atual da formação dos profissionais de saúde. Este profissional não é estimulado a interagir com outras áreas, o que faz o tratamento ser segmentado, dando-se maior ênfase à patologia, e não ao ser humano em questão.
Para agravar este quadro, o tema algologia pouco é visto pelos estudantes durante sua formação, sendo um tema encarado como uma especialidade que pode ser seguida após a graduação. O que se tem como fruto disso, são profissionais despreparados para atender um paciente com um quadro álgico, fazendo com que desta forma a dor seja sub-diagnosticada e sub-tratada na maioria das vezes.
Gestões
Gestão - 2012
Presidente: Gabriela Vilas Bôas Gomez
Vice-presidente: Itamara Macedo
Secretaria Geral:
Diretoria Administrativa e Financeira: Marcela Vieira
Diretoria Científica e de Extensão: Tammy Marques
Diretoria de Comunicação e de Recursos Humanos : Igor Carlos Silva de Souza
Conselho Fiscal : Igor Carlos Silva de Souza
Coordenador: Bruno Goes
Gestão – 2011
Presidente: Vitor Guida de Souza
Vice-presidente: Gabriela Carneiro Costa
Secretaria Geral: Maria Gabriela Silva Hage Carmo
Diretoria Administrativa e Financeira: Vírgilio Oliveira Barreto
Diretoria Científica e de Extensão: Diego Ribeiro Rabelo; Vírgilio Oliveira Barreto
Diretoria de Comunicação: Ana Paula Andrade Gomes Quixadá Carneiro
Diretoria de Recursos Humanos: Tatiana Oliveira Simões
Conselho Fiscal: Antônio Ricardo de Lima Menezes
Coordenadora: Cintia Pinheiro Silveira Araújo/ Bruno Goes
Gestão – 2010.2
Presidente: Vitor Guida de Souza
Vice-presidente: Gabriela Carneiro Costa
Secretaria Geral: Maria Gabriela Silva Hage Carmo; Isis Resende Ramos
Diretoria Administrativa e Financeira: Vírgilio Oliveira Barreto
Diretoria Científica e de Extensão: Diego Ribeiro Rabelo; Vírgilio Oliveira Barreto; Thallita Mell Millad Lucas; Ludmilla Dias de Santana e Santana;
Diretoria de Comunicação: Ana Paula Andrade Gomes Quixadá Carneiro
Diretoria de Recursos Humanos: Tatiana Oliveira Simões
Conselho Fiscal: Antônio Ricardo de Lima Menezes
Coordenadora: Cintia Pinheiro Silveira Araújo
Gestão – 2010.1
Presidente: Êmyle Martins Lima
Vice-presidente: Vivian Rodrigues Alves
Secretaria Geral: Roberta Gonçalves Gonçalves; Renata Silva de Cerqueira
Diretoria Administrativa e Financeira: Vivian Rodrigues Alves
Diretoria Científica e de Extensão: Diego Ribeiro Rabelo; Renata Silva de Cerqueira;
Thallita Mell Millad Lucas
Diretoria de Comunicação: Maria Rita Araújo Almeida
Diretoria de Recursos Humanos: Roberta Gonçalves Gonçalves
Conselho Fiscal: Vitor Guida de Souza
Coordenadora: Cintia Pinheiro Silveira Araújo
Gestão – 2009.2
Presidente: Êmyle Martins Lima
Vice-presidente: Diana Cavalcante Miranda
Secretaria Geral: Vivian Rodrigues Alves; Roberta Gonçalves Gonçalves
Diretoria Administrativa e Financeira: Tamiles Nascimento Lopes dos Santos
Diretoria Científica e de Extensão:
Diego Ribeiro Rabelo
Renata Silva de Cerqueira
Thallita Mell Millad Lucas
Michely de Araujo Felix
Diretoria de Comunicação: Maria Rita Araujo Almeida; Victor França Almeida
Diretoria de Recursos Humanos: Gabriela Pimentel Nunes Pinheiro
Conselho Fiscal: Vitor Guida de Souza
Coordenadora : Cintia Pinheiro Silveira Araújo
Gestão – 2008.1, 2008.2 e 2009.1
Presidente: Bruno Teixeira Góes
Vice-presidente: Marcus Vinicius de Brito Santana
Secretaria Geral: Mariana Emerenciano de Mendonça
Diretoria Administrativa e Financeira: Pollyana Carmo de Carvalho
Diretoria Científica e de Extensão: João Zugaib Cavalcanti: Gisele Graça Leite dos Santos
Diretoria de Comunicação: Êmyle Martins Lima
Diretoria de Recursos Humanos: Diana Cavalcante Miranda
Coordenadora : Cintia Pinheiro Silveira Araújo
Gestão – 2007.1 e 2007.2
Presidente : Agostinho José Passos Borges
Vice-Presidente: Bianca Macedo
Secretaria Geral: Viviane Lima de Souza
Diretoria Administrativa e Financeira: Jamile Gonçalves
Diretoria Científica e de Extensão: Cláudia Luz; Maiane Couto de Jesus
Diretoria de Comunicação: Paula Laís Andrade Reis Santana
Diretoria de Recursos Humanos: Jacilene de Oliveira Brito
Coordenadora: Cintia Pinheiro Silveira Araújo
Projetos
No âmbito científico, está em ação o desenvolvimento de um programa educacional para pacientes com fibromialgia, incluídos segundo os critérios estabelecidos pelo Colégio Americano de Reumatologia. Apoiando-se em dados empíricos e científicos acerca da natureza multidimensional da doença abordada, a LABED objetiva implantar um modelo de intervenção voltado para a conscientização do paciente acerca da sua participação na terapêutica. Os voluntários serão submetidos a sessões teóricas, com aulas expositivas e momentos de relatos pessoais experimentados previamente, além disso, serão propostas mudanças nos hábitos de vida, por meio de práticas vivenciais, que visam o desenvolvimento de estratégias de auto controle.
PROJETO “CIÊNCIA NA ESTRADA”
A LABED traz a proposta de tornar o estudo da dor algo acessível à população em geral. Por meio do projeto “Ciência na Estrada”, esperamos difundir os princípios do fenômeno doloroso e enfrentamento da dor, importância de uma postura adequada, de melhorarias na qualidade de vida, sobre o uso inadequado de fármacos, aspectos psicológicos da dor, avaliação de sinais vitais, entre outros. Apoiando-se no caráter supracitado da natureza da dor crônica e aguda, a LABED objetiva implantar um modelo de intervenção voltado para a conscientização do paciente sobre o fenômeno doloroso, objetivando melhorar o acesso à informação sobre este tema de saúde pública, promovendo ações práticas para o combate da dor, avaliação das condições de saúde e encaminhamento para centros de referência quando necessário
Missão
Agregar estudantes e profissionais, cientistas e clínicos, políticos e diretores de universidades para estimular e dar suporte ao estudo da dor.
Criar oportunidades de trabalhos científicos, didáticos, culturais e sociais no espaço acadêmico, para agregar conhecimento e estimular a educação continuada em dor.
Desenvolver estratégias de avaliação e manejo interdisciplinar para aliviar a dor das pessoas.
Quem somos
Liga Acadêmica Baiana para o Estudo da Dor (LABED) é uma instituição autônoma e tem como formação primordial acadêmicos de diferentes cursos da área de Saúde, cujos mesmos respeitam o estatuto próprio e está sob a coordenação da Professora Cíntia Pinheiro Silveira Araújo. A Liga também conta com a participação de colaboradores e orientadores que assim como os estudantes estão comprometidos para o desenvolvimento de estratégias de manejo multidisciplinar e o aprofundamento do estudo da dor, tendo como foco as variadas formas de apresentação clínica.
A fundação da mesma ocorreu no ano de 2007 quando os monitores da disciplina de Clínica da Dor do curso de Fisioterapia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública decidiram tomar as providências legais para a concretização da idéia que evoluiu para preencher todos os requisitos sociais e acadêmicos a que se compromete uma instituição nesses moldes.
Desde então, a LABED organiza eventos e desenvolve projetos científicos com a finalidade de contribuir com a pesquisa e a comunidade e por isso, vem sendo reconhecida cada vez mais pelos pesquisadores da área. Um exemplo é o Dr. Carlos Maurício de Castro Costa, atual presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) e conselheiro da Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), que afirmou em um dos eventos da Liga o seu apoio as atividades exercidas pela mesma.
Atualmente, a Liga está vinculada à SBED e filiada à Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Também vale ressaltar que a instituição não tem fins lucrativos e toda a verba arrecadada serve para custear os eventos, as Quintas Científicas, os projetos de pesquisa, as despesas burocráticas e qualquer outra atividade que venha a ser organizada.
A promoção da saúde e a discussão sobre o tema são os principais objetivos da LABED e através destes, visa à formação de profissionais mais capacitados e comprometidos com a qualidade de vida da população.