segunda-feira, 30 de julho de 2012

Eletroterapia, o que é?

    A Eletroterapia consiste no uso de correntes elétricas com fins terapêuticos. Antigamente, a utilização da eletricidade com esse fim era feita através do uso do peixe elétrico tendo por objetivo a redução do quadro álgico dos indivíduos. Nos dias de hoje, tal recurso está relacionado com três efeitos terapêuticos principais: a produção de contração muscular, a produção de respostas físico-químicas e a modulação da dor. Dentre os diversos tipos de corrente, a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) constitui, segundo RAIMUNDO et al 1 um recurso terapêutico, não-farmacológico, de fácil aplicação, que não apresenta efeitos colaterais sendo amplamente utilizado pelos fisioterapeutas para o tratamento da dor. Duas teorias, propostas no século passado, tentaram explicar os efeitos analgésicos obtidos pela TENS: a teoria das Comportas (TENS de alta frequência) e a teoria da liberação de opióides endógenos (TENS de baixa frequência). A primeira, proposta por Melzack e Wall, resumidamente, baseia-se na existência de uma Comporta, na medula espinal, que inibe a retransmissão de estímulos dolorosos conduzidos pelas fibras A delta e fibras do tipo C. A segunda, também de modo resumido, propõe que a analgesia consequente da utilização da TENS estaria relacionada a liberação de opióides endógenos secundária a estimulação dos receptores, dessas substancias, pelos estímulos elétricos advindos da TENS. 
Existem quatro tipos básicos de TENS, Convencional, Acupuntura, Breve e Intenso e Burst, sendo essa classificação feita de acordo com as diferenças relacionadas aos parâmetros usados (frequência, largura de pulso, tempo de analgesia, sensação e indicação). O tempo de utilização desse recurso varia de acordo com cada paciente, mas deve obedecer ao mínimo de vinte minutos, pois duração menor que essa se configura como efeito placebo.
  Dentre as contraindicações relacionadas ao uso da TENS citam-se: a alteração de sensibilidade, a epilepsia, a fobia a corrente elétrica, idosos e crianças que não toleram eletroterapia, útero gravídico entre outros. Importante ressaltar que os eletrodos não devem ser colocados sobre os olhos, nos seios carotídeos ou mesmo próximos ao coração em pacientes que utilizarem marca-passos.

Resumo por: Nairedith Figueredo, Neila Silva, Marina P. Makhoul.




Referência:
RAIMUNDO et al. Dosagem de serotonina sistêmica após aplicação da eletroestimulação nervosa transcutânea. Disponível em Fisioterapia em Movimento. Jul/set;22 (3): 365-374.


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